segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Dúvidas frequentes V

Porque que quando alguém está te passando uma informação, essa pessoa sempre repete várias e várias vezes, mesmo depois que agente já entendeu a informação?

domingo, 23 de novembro de 2008

Desejos instrumentais

  • Um dia quero andar por um parque em Paris num domingo à tarde tocando violão sem me importar com ninguém à minha volta.
  • Um dia quero andar pelas ruas de Londres em um dia frio de semana no fim da tarde tocando gaita enquanto a cidade acontece a todo vapor em minha volta sem ninguém se importar comigo.
  • Um dia quero tocar saxofone em um beco sem saída escuro na madrugada de sexta-feira em Nova Jersey com as costas e o pé direito na parede de olhos fechados enquanto um gato remexe nas latas de lixo ao lado, até ele derrubar uma das latas e fazer barulho seguido de um gemido de gato, abro um dos olhos seguindo o gato ir embora, fecho os olhos novamente e volto a tocar.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Saudades

Hoje eu acordei com saudades. Não sei bem certo do quê. Saudade de tudo. Saudade de nada. Saudade de qualquer coisa. Saudade de ser criança. Saudade de casa. Dos meus amigos de infância. Dos meus amigos de agora. Dos meus cachorros. Do meu avô que nunca conheci. Da faculdade. Do colégio. Saudade de ter saudades de alguém. Saudade de tudo que já vivi. De tudo que não vivi. E de tudo que nunca viverei. Saudade de ontem. Saudade de anteontem. Sentir saudades significa distância. Geográfica ou temporal. Não sentir saudades pode significar proximidade. Pode não significar nada. Pode ser bom. Pode ser ruim. Saudade não se explica. Saudade se sente. Saudade se mata.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Dúvidas frequentes IV

Onde está o Wally?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Palavras apenas. Palavras pequenas

Porque. Porquê. Por que. Por quê. Poker. Pôr o quê. Porqueira. Parque. Leparcur. Ler pra quê. Lepra aqui. Letra Q. Lê Trakinas. Entra aqui. Entreti. Entre ti. Entre tia. Entre a pia. Entropia. Utopia. Centopéia. Sem teu pé. Sim tô a pé. Sinta a pele. Senta perto. Céu ta preto. Celta preto. Solta preso. Salta prego. Falta cego. Flauta eu pego. Flato eu nego. Foi teu nêgo. Foi sem cheiro. Foi sincero. Foi-se Nero. Coice espero. Doce eu quero. Dou se eu quero. Tô sem teto. Tó seu feto. Tosse afeta. Trouxe a festa. Trace a reta. Jaz sua neta. Jaque aperta. Já que é certo. Jaca eu sei. Já cansei.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Distorcendo o ditado II

“Guacamole empedra pura. Santo forte até que ajuda.”

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Pequenas coisas da vida

Anão. Bonsai. Moeda de um centavo. Fechadura. Presépio. Lego. Yakult. Bisnaguinha. Lóbulo. Ford Ka. Bolinha de gude. Cavaquinho. Sardinha. Nelson Ned. Pintcher. Grampo. Clips. Amora. Falange. Sergipe. Curta-metragem. Plutão. Pinto de japonês. Grafite. Mini-saia. Ovo de codorna. Asterisco. Alfinete. Post-it. Copo de pinga.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Textículos IV

A letra aga é a única do alfabeto brasileiro que não está em seu nome.

domingo, 26 de outubro de 2008

Amor X Ódio

Amor e ódio são paralelos. Mas como dizem, as paralelas se encontram no infinito. Então o amor e o ódio se encontram. E quando encontram se unem como ímãs.
A diferença entre amor e ódio é meramente vetorial. As atitudes são as mesmas. Os sentimentos são os mesmos. A bitolação é a mesma. A vontade é a mesma. Porém, cada um tem uma direção. Enquanto um vai pra lá, o outro vem pra cá. E quando a intensidade dos dois é igual, diferentemente da física, eles não se anulam. Eles apenas são, simultaneamente. É como se eles morassem na mesma casa. Enquanto o amor ama, o ódio odeia. O amor quer odiar. O ódio já amou.

sábado, 25 de outubro de 2008

Dúvidas frequentes III

Como se diferencia os banheiros públicos na Escócia se todos os sexos usam saia?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Dúvidas frequentes II

Pra que serve o botão de open/close no controle remoto de DVD se para colocar ou tirar o disco terei que me deslocar até o aparelho?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Textículos III

Antigamente quando um escritor fazia um texto novo, dizia que era um texto novinho em folha. Hoje eu digo que é um texto novinho em tela.

Distorcendo o ditado I

"Socorrer o bicho cego, crucificar o bicho home."

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Noé o que parece.

Prazer. Meu nome é Noé. Há alguns anos eu trabalhava com animais. Disse ‘trabalhava’, porque fui demitido. Por dormir durante o serviço. Mas foi sacanagem o que fizeram comigo. Certa vez, um ricaço barbudo entrou em contato conosco solicitando a entrega de centenas de animais. Um casal de cada espécie. Mas tinha que ser os melhores. Alguém tinha que reunir todos os animais e selecionar o melhor casal. Quem foi incumbido de tal tarefa? O estagiário aqui. Lá fui eu. Comecei pelos animais mais tranqüilos. Coelhos. Preás. Esquilos. Fiz a lista. Havia pelo menos 50 de cada. Resolvi passar para os animais mais raros, pois assim não teriam tantos. Mico-leão-dourado. Onça pintada. Tamanduá bandeira. Em média de 15 cada. Na parte do aquário quase morri afogado. Acho que engoli uns 10 betas. As aves foram as mais difíceis. Como eu quis ter asas. Na vez dos pardais, perdi a conta. É a espécie mais populosa do mundo. Peguei dois quaisquer. Pardal é tudo igual. Cheguei no setor fazenda. Vacas. Cavalos. Ovelhas. Ao todo devia ter uns 200 animais nesse setor. Ainda bem que sempre fui bom em matemática. Aí veio a cagada. No cercado ao lado contei 17 carneirinhos. Depois disso eu dormi. Até hoje não engulo essa história. Acho que foi armação pra cima de mim.

domingo, 5 de outubro de 2008

Textículos II

Um dia você acorda e descobre que não se fazem mais frases como antigamente.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Dúvidas frequentes I

Além do Roberto e das calças das piriguetes, algo mais nesse mundo é justo?

PersonificAno

Janeiro: É aquele universitário que não tá nem um pouco afim de trabalhar ainda.

Fevereiro: Aquele cara festeiro, beberrão, que pega todas. Porém, morre antes que todo mundo.

Março: Um cara que não se abala com nada. Faça chuva ou faça sol, está de bem com a vida.

Abril: Aquele seu primo pentelho que adora pregar peças em todo mundo.

Maio: Dondoca especialista em casamentos. Já se casou várias vezes.

Junho: Quarentão galã e estiloso. Solteiro e sempre perfumado com sua jaqueta de couro.

Julho: Avozinho bondoso com seu colete de lã levando seus netos pra passear.

Agosto: Cara sinistro, sempre de barba, porém inofensivo.

Setembro: Mocinha apaixonada passeando no jardim. Pensando em seu amado.

Outubro: Criança despreocupada brincando na rua.

Novembro: Aquele cara desencanado, que sempre deixa pra resolver tudo na última hora.

Dezembro: Sujeito gordo sentado na rede com uma lata de cerveja na mão. E várias vazias no chão.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Texticulos I

Antigamente uma pessoa sem segredos diria que sua vida é um livro aberto. Hoje, diz que é um orkut aberto. Não apaga seus scraps nem bloqueia as fotos.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Criaturas marinha

As criaturas marinhas são um show a parte. O fundo do mar é um mundo curioso e peculiar da fauna mundial. Com suas sereias e submarinos amarelos, os oceanos encantam a raça humana. Mas algumas espécies me chamam a atenção. O polvo por exemplo. Ele anda pra trás pra andar pra frente. Como dizem por aí, dá um passo pra trás para dar dois à frente. Na verdade não são passos, pois não possui pernas. Mas que ele volta antes de ir é fato. Ele demora o dobro pra chegar. Fico imaginando quando ele se perde. Pergunta pra uma arraia. “Como faço pra chegar ao coral 36?”. “Atravessa a concha, vira na 3ª anêmona, fica à sua esquerda”. “É muito longe?”. “5 minutinhos”. Ele demora 10. Daí ele pensa. “Arraia filha da puta, me enganou”. Mas ela não tem culpa. Ele que anda pela metade. O siri. A mãe dele fala. “Filho, ao atravessar a rua, olhe para os dois lados”. Como? Ele anda de lado. Não olha de lado. Ele atravessa a 1ª metade da avenida tranquilo. Quando pisa na 2ª metade. Morreu. Ele só pode atravessar rua de mão única. E o cavalo-marinho. Não sabe se é peixe ou eqüino. Vive em crise existencial. Coitado. Por isso ele tem aquele formato de ponto de interrogação. É um peixe elegante. Esbelto. Delicado. Meio gay. Também pudera. Não existem éguas-marinhas. As tartarugas também são muito interessantes. Não se cansam de viver. Elas demoram mais que os polvos pra chegar. E olha que elas andam por inteiro. Talvez porque saibam que a vida é longa. Bem longa. Elas sobreviveriam facilmente à Revolução Francesa. Ela comete um crime. O rei ordena. “Levem-na para a guilhotina”. Quando a lâmina desce, ela encolhe o pescoço. Tá salva. Os peixes são uma espécie meio sem personalidade. Descobrem um peixe cheio de espinho. Nome? Peixe-espinho. Descobrem um peixe do tamanho de um boi. Nome? Peixe-boi. Sem falar no peixe-espada. Peixe-palhaço. E por aí vai. Acho que fiz esse texto por ter nascido em Minas Gerais. E por achar que tudo isso é um mar necessário.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Sejam Bem-Vindos!

Olá, este é o 1° de muitos (ou não) posts desse mais novo blog. Espero que gostem. Mas se não gostarem, contenham-se em apenas não ler. Não me crucifiquem. Sempre tive aversão à blogs, fotologs e afins. Sempre achei falta do que fazer. Coisa de gente inútil. Mas de uns tempos pra cá mudei minha opinião sobre. Mais precisamente, ao ler o blog da Joyce. Sim, fiquei com inveja. Percebi que se pode ter blogs interessante com conteúdos idem. É o que pretendo fazer. Sem mais, aguardem os primeiros textos. Não sei quando serão, mas serão. Grato. Mineiro, vulgo Rafael.