quarta-feira, 9 de junho de 2010

Textículos XVI

A gente descobre que está envelhecendo pela quantidade de copas que já assistiu.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Quando Encontro Comigo

Quando encontro comigo sempre me pergunto o que estou fazendo da vida. A resposta é sempre um silêncio. Um silêncio profundo. Um silêncio desconcertante. Ao mesmo tempo doloroso e confortável. Gosto desse silêncio. Mas finjo que não gosto. Entendo esse silêncio. E finjo que não compreendo. O silêncio traz respostas. Traz perguntas. Respostas certas para perguntas erradas. O tempo é silencioso. O silêncio é vital.

Quando encontro comigo.

Encontro é soma. Soma do tempo e da geografia. De dois ou mais seres. Ou de dois do mesmo ser. Tanto faz se é proposital ou coincidência. Coincidência é encontro. Geralmente encontro comigo de madrugada. Enquanto a cidade dorme. Enquanto a cidade se cala. Pensamento não dorme. Pensamento vaga. Vaga no silêncio.

Finjo que me encontro no silêncio da soma. Mas me encontro mesmo é na soma do silêncio.