domingo, 20 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
A Semiótica da Vida
Tudo que vejo, nada vejo.
Tudo que olho, imagino.
Tudo que sinto... não sei
Tudo que é, nada é.
Tudo que não é, pode ser.
Tudo que penso... também não sei.
Tudo que estudo, mudo.
Tudo que mudo, estudo.
Tudo que acho... acho que sei.
Tudo que tudo, tudo.
Tudo que,
Tudo... sei.
Quando acaba o sempre?
Quando começa o nunca?
Quando tudo é tudo?
Tudo que olho, imagino.
Tudo que sinto... não sei
Tudo que é, nada é.
Tudo que não é, pode ser.
Tudo que penso... também não sei.
Tudo que estudo, mudo.
Tudo que mudo, estudo.
Tudo que acho... acho que sei.
Tudo que tudo, tudo.
Tudo que,
Tudo... sei.
Quando acaba o sempre?
Quando começa o nunca?
Quando tudo é tudo?
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
De Pai Pra Filho
Era uma vez uma família tradicional européia. Os Malebranches. Há muitos e muitos anos, se orgulham de serem os melhores alfaiates da cidade. Possuem técnicas próprias que jamais uma pessoa de fora da família teve conhecimento. Somente um verdadeiro Malebranche conhece e pode usar as técnicas secretas da família. Essa tradição começou no século XVI. Com Sebastian Malebranche. No quintal de seu casebre, fazendo roupas para a realeza. No leito de sua morte, chamou seu filho, Vermont e passou todo seu conhecimento para dar continuidade aos negócios. Vermont ensinou seus filhos desde pequenos, as técnicas do alfaiate malebranchino. E os ensinou também a nunca revelar para ninguém que não fosse um legitimo herdeiro Malebranche as técnicas e segredos. E assim foi. Por gerações e gerações após. Uma tradição passada de pai para filho. Técnicas ensinadas de pai para filho. Os pequenos viviam na ansiedade de aprender com seus pais, essa tradição de tantos anos. O maior orgulho de um pai Malebranche era ensinar seu filho as técnicas aprendidas com seu pai, que aprendeu com seu pai, que aprendeu com seu pai. E assim por diante. Até que um dia nasceu um auto didata e estragou tudo. Quando seu pai foi lhe ensinar, o moleque já sabia. Tinha aprendido sozinho. Pondo fim assim, a uma tradição de séculos e mais séculos.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Textículos VIII
A Lei de Murphy só existe quando acontece. Quando não acontece ninguém se lembra dela. Ou seja, a probabilidade da lei acontecer é exatamente a mesma de não acontecer. A Lei de Murphy é uma farsa. Mas é engraçada.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Liberdade
A Liberdade já não é mais a mesma. Bons tempos aqueles quando tínhamos uma Liberdade verdadeira. Com seus princípios respeitados. E a igualdade imperava. Imaginem só, que hoje fui até a tal Liberdade, com o único e simples intuito de comprar um (pequeno) bonsai. Imaginei redundantemente que lá encontraria dos mais diversos tipos, tamanhos e preços. Que encontraria lojas especializadas. Com faixas “bonsais a rodo”. Achei que teriam bonsais espalhados e plantados pelas calçadas. Que teriam pessoas regando seus bonsais nas janelas de suas casas. Pessoas passeando com seus bonsais. Mas ao contrário disso, não vi nem sombra de bonsai algum. Nem sequer um souvenir de um bonsai em miniatura. Se é que um bonsai já não é um souvenir em miniatura. E pior. Cansado de procurar, perguntei a uma nativa onde poderia encontrar. Me respondeu com um riso debochado que “por aqui não há”. Fiquei pasmo. E sem contar que esperava ver samurais com espadas andando pelas ruas. Levando seus filhos pra escola. Levando a espada para afiar. Pensei que encontraria pessoas com mais de 120 anos. Que encontraria o Jaspion. Ou o Jiraya. Achei que veria um tanto de gente igual. Mas nem essa igualdade eu vi por lá. Mas o que vi foi apenas um bairro paulistano. Sem Godzilas e samurais. E sem bonsais. Fiquei chateado. E agora? O que que eu vou fazer com essa tal Liberdade? E se eu quiser comer yakisoba com ketchup eu como. Porque o que importa é ficar gostoso.
terça-feira, 21 de julho de 2009
segunda-feira, 29 de junho de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
domingo, 22 de março de 2009
Mesmas Palavras
Chorei, por quê? Não sei dizer. Tentei saber. Cansei você.
Tentei dizer: não sei saber. Cansei porque chorei você.
Saber por quê dizer você.
Tentei, chorei. Cansei, não sei.
Chorei de saber, não sei você. Tentei porque cansei de dizer.
Tentei você, não sei por quê. Chorei de dizer que cansei de saber.
Tentei dizer porque não sei.
Cansei de você saber que chorei.
Tentei dizer: não sei saber. Cansei porque chorei você.
Saber por quê dizer você.
Tentei, chorei. Cansei, não sei.
Chorei de saber, não sei você. Tentei porque cansei de dizer.
Tentei você, não sei por quê. Chorei de dizer que cansei de saber.
Tentei dizer porque não sei.
Cansei de você saber que chorei.
terça-feira, 17 de março de 2009
Hora Extra
Na grande São Paulo, as chuvas torrenciais que alagam as ruas só acontecem no final do expediente, nos impedindo de ir embora do trabalho. Nunca de manhãzinha, nos impedindo de sair de casa com a desculpa de não ter como ir trabalhar. É a famosa Hora Extra. Hora Extra...gada do seu dia.
Texto aos Colegas para o Convite de Luxo
Se nos perguntassem o que de melhor aconteceu em nossas vidas, não diríamos que foi o primeiro beijo, nem o primeiro porre, nem ter feito o gol do título no campeonato da escola, nem ter viajado para longe, nem o primeiro emprego, nem o primeiro salário ou a primeira promoção, nem ter ido ao show do meu ídolo. E sim, esses quatro anos que passamos juntos, seja na faculdade ou fora dela. Para alguns, quatro anos é muito tempo, mas foi tão intenso que pareceu ter sido bem menos. Para outros, quatro anos é pouco, mas fizemos tanta coisa nesse tempo que pareceu ter sido bem mais. Afinal, o que são quatro anos? Para os formandos de PP e CM de 2008, foi um tempo ideal, onde conhecemos amigos para vida toda, pessoas tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão parecidas conosco. Um dia, num futuro distante, ao lembrar de nossas vidas, será impossível não pensar nesses anos. Seria muito clichê dizer que amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, mais ainda dizer que amigo é aquele que está sempre ao seu lado pro que der e vier. Preferimos então ficar com a frase de Mário Quintana: “Amizade é quando o silêncio a dois não se torna um incômodo”. Queremos agradecer a todos os colegas que passaram por nossas vidas. Para aqueles que por um motivo ou outro ficaram pelo caminho, sentimos a ausência e desejamos um reencontro e para aqueles que ainda estão juntos, esperamos assim permanecer. E se por acaso, ao fim dessa jornada alguém partir, fazemos da canção Encontros e Despedidas, de Milton Nascimento e Fernando Brant, nossas palavras.
“Mande notícias do mundo de lá/ Diz quem fica/ Me dê um abraço venha me apertar/ Tô chegando/ Coisa que gosto é poder partir sem ter planos/ Melhor ainda é poder voltar quando quero/ Todos os dias é um vai-e-vem/ A vida se repete na estação/ Tem gente que chega pra ficar/ Tem gente que vai pra nunca mais/ Tem gente que vem e quer voltar/ Tem gente que vai e quer ficar/ Tem gente que veio só olhar/ Tem gente a sorrir e a chorar/ E assim chegar e partir/ São só dois lados da mesma viagem/ O trem que chega/ É o mesmo trem da partida/ A hora do encontro é também despedida/ A plataforma dessa estação/ É a vida desse meu lugar/ É a vida desse meu lugar/ É a vida.”
“Mande notícias do mundo de lá/ Diz quem fica/ Me dê um abraço venha me apertar/ Tô chegando/ Coisa que gosto é poder partir sem ter planos/ Melhor ainda é poder voltar quando quero/ Todos os dias é um vai-e-vem/ A vida se repete na estação/ Tem gente que chega pra ficar/ Tem gente que vai pra nunca mais/ Tem gente que vem e quer voltar/ Tem gente que vai e quer ficar/ Tem gente que veio só olhar/ Tem gente a sorrir e a chorar/ E assim chegar e partir/ São só dois lados da mesma viagem/ O trem que chega/ É o mesmo trem da partida/ A hora do encontro é também despedida/ A plataforma dessa estação/ É a vida desse meu lugar/ É a vida desse meu lugar/ É a vida.”
segunda-feira, 9 de março de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Quem sou eu
Gosto de olhar as cidades nas placas de carro; gosto de cheiro de gasolina, cheiro de fósforo queimado; gosto de tirar camada de cola da palma da mão; gosto de suco da cajú; de andar no meinho da avenida dr. Lisboa; gosto de fotos em preto & branco; gosto de piada sem graça; gosto de dormir com almofada entre os joelhos; quando criança tinha medo das descargas de cordinha, eu puxava e saía correndo; se molho uma mão, quero molhar a outra para que essa outra não fique com inveja; não acho que o tempo passe depressa; acho que religião/política/futebol se discutem sim; tento imaginar o passado das pessoas mesmo se não as conheço; sou cineasta nas horas vagas e publicitário nas horas pagas; quero ter um relógio que anda pra trás; quero ver uma corrida de submarinos; quero ver os Beatles tocando juntos; já quis trazer neve da Argentina pra minha bisavó quando era pequeno; já quis fazer arquitetura; já quis fazer administração; já quis ter uma banda de rock; já quis ser jogador de futebol; já quis ser publicitário; quero fazer cinema; já trabalhei de graça; já ganhei pra trabalhar; já escrevi carta de amor; já dormi em barraca; já viajei pra longe; já viajei pra perto; já plantei árvore; estou escrevendo um livro; quero ter filhos; já apareci ao vivo na TV; já colecionei latinhas; já colecionei ponta de lápis; já inventei piada; já quis voltar no tempo para consertar muita coisa, mas hoje penso que seria bobeira consertar uma coisa e perder outras com isso.
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